quarta-feira, 15 de abril de 2009

Empréstimo compulsório

Rio - Estamos na época de fazer a declaração do IR. Uma grande parcela dos contribuintes tem devolução, porque o desconto antecipado, na fonte, pode ser maior que o devido. Ou seja, assalariados e aposentados emprestam ao governo, que só paga no ano seguinte, quando tudo dá certo. Se cair na “malha fina”, o lote de devolução pode demorar mais de dois anos.
Se um cidadão pega empréstimo num banco, os juros são cobrados a partir do dia seguinte, mas com o dinheiro do IR a correção pela Selic só começa na data limite para e entrega da declaração, no ano seguinte (30 de abril). A regra leva o cidadão a financiar o governo, sem receber os juros devidos.Em qualquer época, ainda mais na crise, dinheiro extra faz muito bem. Uma opção para quem tem devolução é antecipá-la. Os bancos têm linhas que permitem o cidadão receber antecipadamente em torno de 80% do que a Receita tem para restituir. Para o assalariado, é possível converter a operação em empréstimo consignado.Antecipar a devolução não é recomendado para quem não precisa de grana e pode esperar pela remuneração da Selic, que é maior que a da caderneta de poupança. Mas a antecipação é excelente saída para quem está enforcado pelas dívidas.O custo dos juros na operação de antecipação é mais baixo que o do cheque especial e do cartão de crédito. Logo, é uma boa antecipar a devolução do IR se for para equilibrar a vida. Pena que não dá para mandar essa conta dos juros para o governo pagar. Afinal, esse Leão da Receita Federal não é nada manso e, quando cutucado com a vara curta, morde para valer o bolso do povo.

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